quinta-feira, 25 de junho de 2015

6 - Pony Express - Arriscando a vida para levar mensagens

1) Estátua em homenagem aos mensageiros em Saint Joseph,
no estado de Missouri.
2) Foto da época, mostrando um mensageiro durante a viagem.
Fotos: Arquivo Google.


Eles enfrentavam
perseguições de índios,
assaltantes 
e outros perigos
para levar correspondências,
dinheiro, etc.


Muitas e muitas vezes o Pony Express foi retratado em filmes, às vezes com exageros, mas era realmente heroico o que aqueles mensageiros faziam para cumprir suas missões. Eles participaram de um sistema de correio expresso que funcionou de 3 de abril de 1860 até meados de outubro de 1861, mas esse período curto foi suficiente para que esses intrépidos cavaleiros entrassem para a história com a merecida fama de heróis. 
Alexander Majors,
co- fundador do Pony Express.
Foto: Wikipedia
A primeira rota interligava as cidades de Saint Joseph, no Missouri, e Sacramento, na Califórnia. Os mensageiros cruzavam pradarias, desertos, montanhas e com frequência eram perseguidos - e às vezes mortos - por índios e assaltantes. Durante a viagem o cavaleiro parava em várias estações ao longo do percurso, onde trocava o cavalo por outro, descansado, mas também contava com o apoio de um serviço de diligências. Os ataques dos índios ocorriam porque estes viam no Pony Express motivo de preocupação: para as tribos, significava a possibilidade de perda de seus territórios. Os assaltantes se interessavam pelos valores em dinheiro, que por vezes esses mensageiros levavam nos alforjes. Eram salários de soldados do Exército, funcionários de ferrovias e serviços de diligências, etc.
Apesar da pouca duração e dos muitos perigos, o Pony Express foi uma comprovação de que um sistema postal transcontinental era viável. O serviço foi criado por William Hepburn Russel, William Waddell e Alexander Majors. A primeira viagem (de Saint Joseph a Sacramento) foi feita em 10 dias, sete horas e 45 minutos, sendo percorridas cerca de 250 milhas (402 quilômetros) em cada 24 horas viajadas. Em 1860, a rota mais rápida era feita em 25 dias pelas diligências da empresa Butterfield Stage, que saíam de Saint Louis, no Missouri, com destino a El Paso, no Texas.
As estações de parada do Pony Express para troca de cavalos distavam 16 quilômetros umas das outras ao longo do caminho. Considerava-se que esta era a distância máxima que um cavalo aguentava em ritmo ininterrupto de galope. O cavaleiro então pegava uma montaria descansada em cada parada, sempre carregando a mochila da correspondência que pesava em torno de 10 quilos.
Evidentemente homens muito pesados não eram aceitos para o serviço. Costumavam levar também uma faca, revólveres, um cantil, uma Bíblia e às vezes um rifle. Os cavaleiros recebiam 100 dólares por mês como pagamento. A palavra "Pony" sugere que somente cavalos dessa raça eram usados, mas isto não é verdade. Em 1861 surgiram as primeiras linhas de telégrafo transcontinental. As mensagens de maior urgência podiam ser enviadas como telegramas e entregas de bens e valores eram transportados por trens e diligências. Portanto, a preservação dos serviços do Pony Express tornou-se inviável. 

Fontes:

domingo, 18 de janeiro de 2015

5 - Gerônimo

Gerônimo (indicado pela seta)
com Cochise (usando um colete aberto)
e dois de seus guerreiros.
A fotografia é de 1829.


Líder dos Chiricahua,
ele foi um dos adversários 
mais difíceis
para o Exército
no Velho Oeste.



Os Chiricahua eram um grupo indígena da nação Apache que vivia no Oeste dos Estados Unidos, mais exatamente na fronteira com o México. As terras dos Chiricahua incluíam regiões do sudoeste do Arizona e sudeste do Novo México, nos Estados Unidos, e do norte de Sonora e Chiricahua, no México. Em 1829, nasceu entre este povo um menino que futuramente seria um dos seus maiores líderes, devotando sua vida aos direitos dos índios pela preservação de suas terras e contra a invasão dos brancos. Seu nome era "Goyaaté", uma palavra Apache que significava "aquele que boceja". Dizem que este foi o nome escolhido por seu pai ao ver o bebê bocejar pela primeira vez.
Ainda jovem, Gerônimo uniu-se a Cochise, o líder Apache mais respeitado pelos civilizados, na luta pela preservação de seus domínios territoriais. Eles lutavam ao mesmo tempo contra mexicanos e estadunidenses. Em 1848, após o fim da guerra entre os Estados Unidos e o México, Cochise assinou um tratado de paz com o governo doe Estados Unidos. Insatisfeito, Gerônimo tornou-se adversário de Cochise e, com apoio de outros índios igualmente insatisfeitos, tornou-se líder destes e passou a ser considerado pelo governo americano como "renegado". Enquanto Cochise e seus seguidores preferiram um acordo de paz sendo condenados a viver numa reserva destinada a eles pelo governo em San Carlos, no Arizona, Gerônimo e seus liderados mantiveram suas incursões atacando ranchos construídos em seus territórios e enfrentando a Cavalaria do Exército em várias ocasiões. Ele decidiu entregar-se ao Exército quando finalmente percebeu que seu grupo contava com apenas 38 homens e algumas mulheres e crianças. Gerônimo se rendeu no dia 4 de setembro de 1886, entregando-se às tropas sob o comando do general Nelson Miles, em Skeleton Canion, no Arizona. O general chegou a elogiá-lo dizendo que Gerônimo foi um chefe indígena que lutou como um militar. 
Gerônimo e seus seguidores foram mantidos como prisioneiros no Forte Pickens, na Flórida. Casado duas vezes (casou-se novamente após a morte de sua primeira esposa, sua esposa e seus filhos foram enviados para viver sob a proteção do Exército no Forte Marion. Ele nunca pôde retornar à terra natal. Em 1905, aos 76 anos, ele morreu vitimado por uma forte pneumonia, no dia 17 de fevereiro.

Fontes:

  • Wikipedia
  • Almanaque Abril/Mundo - edição ano 2002 - editora Abril - São Paulo (SP), Brasil.
  • Enciclopédia Conhecer - editora Abril - São Paulo (SP), Brasil.